sábado, 12 de fevereiro de 2011

CONSTRUÇÕES EM FALÉSIAS PODEM SER DEMOLIDAS

Do Diário de Natal, edição de 13 de fevereiro de 2011

Correm risco de serem demolidos os empreendimentos que estiverem em bordas de falésias e dunas do litoral potiguar. A Operação Costa Verde, desenvolvida pelo Ibama, visitou 45 estabelecimentos no Litoral Sul potiguar, onde apenas um não ocupa a área de preservação permanente (APP), prevista pelo Código Ambiental Federal como uma faixa de 100 metros do edifício até as falésias. As construções irregulares foram multadas e estão agora sob custódia da justiça.

A região com a maior quantidade de infratores é o município de Tibau do Sul, seguindo até a Praia de Pipa. O valor das multas varia de R$ 500 a R$ 10 milhões, sendo mais alto se houver reincidência do proprietário em crimes ambientais, assim como analisando-se o tamanho da área ocupada e o nível de degradação ambiental. Os infratores que estiverem em condição irregular, ocupando APPs e sem licença ambiental, ficam sujeitos a penas de detenção de até três anos.

De acordo com Frederico Fonseca, analista ambiental do Ibama, os autuados que tiverem licença ambiental têm 20 dias corrridos para agilizar o processo de defesa e recorrerem à ação, podendo ser ou não favorável ao recorrente. "O mais provável é que não seja favorável, uma vez que os 100 metros são exigidos em virtudes dos riscos ambientais e humanos a que os estabelecimentos estão sujeitos", explicou o analista.

"De forma geral, não há regulares, pois mesmo com a licença ambiental os empreendimentos ainda desobedecem ao Código Ambiental Federal que rege essa lei", contou Frederico. Os riscos ambientais são causados pelos batimentos das ondas na base das falésias, o que provoca a instabilidade do paredão, o que faz com que os edifícios atuem como degradadores. O peso dos prédios aumenta os níveis de erosão e enfraquecem a falésia. "O desmoronamento é inevitável. O mar vai querer ocupar o seu lugar, por isso precisamos agir para preservar o local livre desses agentes erosivos", disse o analista. A sedimentação nas praias bem como a deterioração da paisagem e a dificuldade de acesso da população às praias são também agravantes.

A Operação Costa Verde, desenvolvida pelo Ibama, tem visitado estabelecimentos como hotéis, restaurantes, bares e condomínios entre Baía Formosa e a capital potiguar. A operação continuará por todo o ano, abrangendo também o litoral norte do estado nos próximos meses, uma vez que estão sendo planejadas as visitas e mapeados os lugares de risco através do monitoramento aéreo já iniciado na região. Outros estados costeiros do Brasil também estão sendo avaliados pelo Ibama.

2 comentários:

  1. Olá!! parabéns!! Vcs poderiam divulgar uma lista com estes empreendimentos que estão irregulares, eu mesmo qd me hospedo, procuro escolher o estabelecimento de acordo com sua proposta ambiental.
    Direito ambiental é público,acho que vcs poderiam publicar uma relação com estes estabelecimentos irregulares.
    Grande abraços!!
    felicidade pelo trabalho de vcs.

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  2. Olá!! parabéns!! Vcs poderiam divulgar uma lista com estes empreendimentos que estão irregulares, eu mesmo qd me hospedo, procuro escolher o estabelecimento de acordo com sua proposta ambiental.
    Direito ambiental é público,acho que vcs poderiam publicar uma relação com estes estabelecimentos irregulares.
    Grande abraços!!
    felicidade pelo trabalho de vcs.

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