Pico do Cabugi, em Lajes |
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) iniciou a fase de vistoria nos terrenos que poderão receber os cerca de 300 animais abrigados atualmente no órgão. Até o momento, proprietários de oito fazendas no estado se ofereceram para participar voluntariamente do projeto Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), mas apenas dois estão em fase de análise. Os terrenos, que ficam situados em Lajes e Jardim de Angicos, podem receber parte desses animais dentro de dois meses.
De acordo com a assessoria do Ibama, desde que foi iniciada a campanha de procura por áreas de soltura, 20 contatos foram feitos solicitando o questionário do órgão para cadastramento de terreno. Desse número, oito já responderam as solicitações preliminares, que apontam dados do proprietário e da fazenda. Após receber o questionário de dois fazendeiros, o Ibama iniciou a vistoria nos terrenos. Em seguida, irá fazer um levantamento da documentação enviada, abrir o cadastramento da fazenda e assegurar, através de um termo de compromisso, que o fazendeiro irá informar ao órgão qualquer dano à área ou ao animal. Por exemplo, se um animal morrer, o Ibama deve ser informado para retirar o corpo do bicho do local e fazer as análises.
A vistoria deverá dizer quais animais poderão ser dispostos na área. As aves são os primeiros que devem conseguir se adaptar. Os papagaios são mais complicados de conseguir um novo lar, visto que quando chegam ao Ibama vem com problemas físicos e mentais. Atualmente, existem cerca de 130 papagaios esperando pela soltura. Santa Cruz, Campo Grande, Almino Afonso e Maxaranguape são alguns dos municípios com área em verificação preliminar por parte do Ibama, que espera conseguir um terreno na região Oeste.
Gaiolas abandonadas
O Ibama abriu uma sindicância para investigar o abandono de gaiolas na Rua da Torre, que fica em frente ao Parque das Dunas, na Zona Leste de Natal, próximo à sede do órgão. A assessoria disse que uma investigação interna seráfeita para verificar se os equipamentos são realmente do Ibama, que esteve nessa segunda-feira recolhendo as gaiolas da rua. A reportagem encontrou ainda, na manhã de ontem, parte delas queimada no canteiro em frente ao Parque. O Ibama alega que, apesar de ter um depósito para os equipamentos, um lote foi doado para uma ONG e a disposição inadequada pode ter sido resultado dessa doação.
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