Depois de várias audiências públicas, o projeto de criação do Parque Nacional da Furna Feia entre Mossoró e Baraúna está passando por uma série de análises feitas por instituições federais em Brasília. Uma vez aprovada, a documentação dependerá de um decreto da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Darci Santos, espeleólogo do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV), do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o projeto já foi analisado e aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente. “No momento ele está no Ministério de Minas e Energia, que pediu vistas às áreas”, informa.
Após a aprovação, será a vez da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e outros órgãos avaliarem o projeto.
Caso seja aprovado em todas as etapas, a documentação segue para a Casa Civil, instituição do Governo Federal, e depois só dependerá do decreto da presidente autorizando a criação. Vencida esta fase, serão liberadas as verbas para iniciar as obras de estrutura básica para a proteção da área.
O PARQUE
Ocupará pouco mais de 10 mil hectares entre os municípios de Mossoró e Baraúna. Na região está a maior concentração de cavidades subterrâneas do Rio Grande do Norte - mais de 200 cavernas – o que torna a proteção da área de extrema importância.
No entorno e no interior das cavernas foram detectadas 101 espécies de aves, 23 de mamíferos e 11 de répteis, além de formas raras de troglóbios - seres que vivem exclusivamente nesse tipo de ambiente. A flora também é bastante variada, com 105 espécies de plantas, das quais 22 só ocorrem na caatinga.
Algumas cavidades, como a Gruta do Letreiro, têm grande valor histórico-cultural, pois abrigam inscrições rupestres feitas há milhares de anos pelos primeiros habitantes da região.
Além de proteger uma grande área, o Parque Nacional da Furna Feia receberá turistas para visitação e biólogos, entre outros especialistas, para estudar o ambiente.
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